Quem sou eu

Minha foto
Artista visual, arteira desde sempre. Amo moda, fotografia, desenho, teatro, dança. E mais tantas outras coisas, mas...Acima de tudo, amo a liberdade de ser eu mesma!!!!!

APRECIADORES

sábado, 7 de novembro de 2015

Linda é a mãe!

Hoje é dia daquela pessoa que mesmo distante, sempre se faz presente. Aniversário da minha mãe.
Esses registros são do ano passado, mas só agora consegui selecionar as melhores imagens do ensaio fotográfico feito em parceria com o Jeronimo Sanz, que clicou e editou com tanto carinho, o meu olhar.
Quando a mãe veio nos visitar em 2014, meu irmão e eu tivemos a mesma ideia pra presente de Natal, sem combinarmos  quanta criatividade! Porém, cada um no seu quadrado. O que nos rendeu imagens bem diferentes, ainda assim, repletas de poesia. Pedro em meio à natureza de vegetações e praia e eu, quis dar meu toque de produção de cabelo, maquiagem, figurino e cenários.
Os enroscos da vida me fizeram segurar as fotos até hoje.
Não é novidade eu ter atritos homéricos com minha mãe. Mas a cereja do bolo que a vida me deu, foi o fato de saber a "coisa" mais louca, de todas as insanidades familiares que já presenciei nessa vida. Que tenho vergonha dela. PQP, vergonha da minha mãe?!
Depois de um ano inteiro remoendo essa informação, que já nem tento mais buscar entender e interpretar pra transformar em algo coerente, resolvi aceitar o fato de que, a verdadeira louca dessa história só pode ser eu!
Se hoje tenho algum pingo de coragem no meu DNA, posso creditá-lo à minha mãe, que sempre será a musa da novela mexicana das nossas vidas! Passando por todos os jargões populares que se possa imaginar, ela já comeu o pão que o diabo amassou, se fez de morta pra passar bem e claro, levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima (não necessariamente nessa ordem)! Quero dizer que, mesmo não concordando com muitas atitudes e também a falta delas, foram essas experiências que me deram essa absurda vontade de viver e de sonhar.
Mesmo pequena, quando éramos somente nós duas a caminho da escola, com a mochila nas costas e o olhar perdido no chão, lembro de ouvi-la dizer que eu não devia desviar o olhar do que estava à minha frente. O mundo, as pessoas...erguer a cabeça sem medo. Nossa vida em muitas circunstancias foram atos de coragem e fé, mesmo quando nada fazia sentido.
E se existe alguma "vergonha" na minha vida, ela se aplica a qualquer pessoa que cruza meu caminho. Não aceito, não entendo e não admito gente morna. O medíocre, o mais ou menos, o "tá bom assim". Se tudo que fiz até hoje ainda não serviu pra chacoalhar a vida daquela que sempre me chacoalhou, me levantou, me segurou e me levou aonde eu, sozinha não poderia ir...não sei mais o que pensar. Só sei que meu pensamento não vai mudar em relação à vida. Há tempos deixei de acreditar nas promessas de pessoas que pintam ou escrevem uma coisa, mas na hora do "vamu vê", agem completamente diferente daquilo que propagandeiam ser.
Quero o melhor pra mim. E as pessoas esquecem que isso não deve ser um luxo, mas uma prioridade. Os melhores amigos, as melhores companhias, o melhor no trabalho, nos estudos, na família (ou no que resta dela). Do que adianta bater no peito dizendo que se é feliz com o que faz na vida, se um muro de lamentações é sempre erguido como resposta em qualquer questionamento sobre isso?
Não reclame daquilo que você tolera. Uma frase que talvez eu leve muito ao pé da letra. Mas o fato é que cansei de mimimi e sim, gostaria no fundo e no raso, que minha mãe, aquela que tanto batalhou pra sermos o que somos hoje, lembre-se a cada dia, que erguer a cabeça é muito mais do que palavras. São atos que têm o poder de mudar o futuro e qualificar nossa vida.

Quando tive a ideia de fazer as fotos, foi pra que o mundo veja como minha mãe é linda e poderosa, também uma forma de fazê-la lembrar disso, todos os dias!
Comecei com os acessórios e roupas. Mas as caras e bocas não estavam adiantando muito. Então, aproveitei que estava dirigindo suas poses enquanto o Je fotografava e resolvi levá-la pra um "lugar seguro", que é a insegurança de ser ela mesma. Doideira minha? Pode ser, mas dar uma boneca pra ela segurar foi o melhor presente que poderíamos ver. Posso dizer que depois disso, tudo fluiu e "consegui" fotografar a minha mãe e sua correnteza de lembranças em forma de lágrimas!
A propósito, assisti uma campanha linda essa semana, que sintetiza bem o que penso sobre fotografia!

E quem conseguiu ler toda a saga até o fim, fica com as imagens do presente mais complexo, forte e cheio de inspiração que a vida me deu: Princesa Roseli, minha mãe!

Fotografia e edição: Jeronimo Sanz
Produção e direção de arte: Daniela Karg
Modelo: Roseli Mazer
Música: Never Knew I Needed (tema do filme A Princesa e o Sapo)
























Abraços, até o próximo post!


Nenhum comentário:

Postar um comentário