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Artista visual, arteira desde sempre. Amo moda, fotografia, desenho, teatro, dança. E mais tantas outras coisas, mas...Acima de tudo, amo a liberdade de ser eu mesma!!!!!

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sábado, 27 de novembro de 2010

Baú de maravilhas parte IX

Relato de aula: 15/10/2009

Ver ou não ver

Senti que a aula foi mais rápida do que as anteriores, usei uma quantidade menor de folhas, tivemos menor tempo no aquecimento e nos exercícios de observação em geral. Não sei se isso aconteceu ou foi uma impressão minha.

Gostei muito da idéia de termos um livro com os relatos, o que me fez lembrar da história da professora Erin Gruewell, que em 1992, em Los Angeles, revolucionou a vida de seus alunos de segundo grau, assim como a sua forma de pensar e fazer educação. O resultado de sua história foi o livro Escritores da Liberdade, escrito por seus alunos, que mais tarde “virou” filme.

Os movimentos do Cristiano, mais lentos, lembraram a arte grega, egípcia e até movimentos de dança do ventre.

O uso do grafite foi fundamental para perceber a diferença entre os resultados que obtive com carvão vegetal e giz pastel seco. O grafite (material que estava acostumada a usar anteriormente, exigiu mais esforço para preencher o desenho, dar luz, sombra, relevo... Agora entendi o que o professor Renato queria dizer com “desenho gestual”, na disciplina de Desenho de observação.



Figura nº 1
Sem título
Fonte: KARG, 2009

O exercício de desenhar um esboço utilizando uma espécie de “linha mestra” para delimitar o corpo do modelo, marcar com pincel atômico o que não estava de acordo com a posição observada, me incomodou do ponto de vista prático.

Tive a impressão de “errar” mais. Após delimitar a “linha mestra”, aposição já não era exatamente a mesma ao desenhar todo o corpo, o que me fez modificar o projeto inicial.

Creio que não foi por perfeccionismo, mas eu tive certeza de que os movimentos da mesma pose, aos poucos iam modificando.



Figura nº 2
Sem título
Fonte: KARG, 2009


Por um momento confundi este exercício da “linha central” com outro que fiz no desenho de moda. O exercício consistia em observar uma modelo numa página de revista, identificar suas articulações e ligá-las, como um esqueleto, o corpo era desenhado em cima deste esquema.

Comecei a fazer nosso exercício de aula com essa idéia em mente e logo vi que não daria certo, eu não podia dividir em articulação o que era uma linha curva e não angulosa, quero dizer “quebrada”.

Um bom exemplo são sempre os primeiros desenhos do início das aulas, são traços leves, formam o corpo com estas linhas.



Figura nº 3
Sem título
Fonte: KARG, 2009


Quando eu abstraí o exercício do desenho de moda e passei a procurar a linha média do que realmente estava vendo, de acordo com a posição do Cristiano, consegui desenvolver melhor o desenho, mesmo assim, penso que procurar a linha atrapalha.
Mas faz todo o sentido sobre a tua fala (Ana): “É o fato da pose estar certa que faz a gente enxergar até o que não está desenhado”. Lembrei dessa frase ao assistir o filme da Camille Claudel nesta semana. Mesmo vendo apenas um ângulo das esculturas, é possível ver = entender o ângulo que não estamos vendo.

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