Isso tudo me fez pensar em todas as trilhas que já fiz e todas as belezas que ainda me aguardam. O que também me faz pensar em como é bom "não pensar". Trilhar é não pensar. Quem trilha e pensa na sandália, na maquiagem, no cabelo e principalmente na hora de voltar, não está trilhando. Fazer trilhas é um maravilhoso exercício do olhar, que me acompanha a tantos anos, a ponto de não mais fazer qualquer caminho sem olhar o que me cerca (e isso vale para qualquer trajeto e lugar). Exercitar o nosso olhar para o mundo, esquecendo o olhar dos outros. Assim é desenhar, assim é praticar a arte de olhar para o objeto de observação e somente ele, esquecendo o olhar dos outros sobre ele e aquilo que pensamos que podemos resolver sem olhar verdadeiramente.
Parece um grande nó nas idéias, uma filosofia sem fim e sim, é uma filosofia de aprendizado e vida.
O vôo da borboleta azul, observe:
Uma das surpresas mais belas que já vi, uma igreja com arquitetura "medieval" no alto de um morro, no meio da trilha.
Ao chegar na praia, outra cena estranha e bela: um grupo de meninas vindas da igreja, composta por crianças e jovens. Todas vestiam trajes vermelho-alaranjado, com saias e camisas pólo. Usavam meias e até sapatinhos de neoprene, todas com escapulários de um santo que não consegui identificar.
Não fiz imagens aproximadas, com receio que elas não se deixassem fotografar. Sei que vê-las com suas bóias, pranchas de isopor e baldinhos de plástico, foi como voltar num tempo em que só é possível ver em quadros e filmes.
Abraços, até o próximo post!
Complementando informações: http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,castelo-que-era-igreja-pode-virar-resort-em-ubatuba,872230,0.htm
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