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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Por onde andamos!

Matéria divulgando o trabalho da escritora Clarissa Corrêa, com Imagem de Pedro Karg.

Fonte: http://outros30.com.br/

O que é, afinal, um amor errado?



Por Marcela Caetano *
Assim que a fila de leitoras que insistia em crescer deu uma trégua, a escritora Clarissa Corrêa, autora de “O amor é poá” e “Um pouco do resto”, respondeu essa e outras perguntas para o Outros 30 durante a tarde de autógrafos de “Para todos os amores errados”, no último sábado, 18, na Bienal do Livro, em São Paulo.
Clarissa também escreve para o site da revista TPM, na coluna Confusões e Confissões e em seu site. O tema do novo livro e também assunto recorrente em seus textos, é questionamento constante nas conversas entre as mulheres de 30: o que faz com que os romances – e relacionamentos em geral – deem ou não certo?
O que inspira o seu trabalho?
Eu acho que o amor é um assunto que dá assunto. São coisas que você vive, ouve, vai fazer a unha escuta no salão de beleza, sonha.
Não teria como eu relatar todas as minhas experiências porque eu não vivi tantas histórias. Então, são mais coisas assim: você assiste um filme e te dá um insight para escrever um texto.
Eu tenho blocos na minha casa, na sala, no quarto, até na cozinha.  Às vezes eu estou lavando o cabelo e penso em alguma coisa para escrever e saio correndo para anotar as palavras-chave para não esquecer.
O novo livro tem apenas textos novos ou também antigos?
Parte dele foi escrito em 2005, quando eu levei um astronômico pé na bunda. Só que esses textos foram reescritos. A outra metade é inédita.
O que é o amor errado?
De repente o cara foi fazer uma pós na Europa e você não pode ir junto. Você quer casar e o cara não quer. Deu certo até ali e depois não mais. Ou aquele cara não é o que você achava que fosse ou você se decepciona. Ninguém é certo.
O livro fala de amores que não deram certo em termos. São amores que deram certo até onde tinham que dar. A gente cria muita expectativa em torno dos relacionamentos. E o que acaba acontecendo é que, quando a outra pessoa não corresponde a essas expectativas, você acaba achando que ela não é certa.
E as pessoas têm a mania de pensar que “fulaninho está me incomodando, então não quero”. Mas eu acho que se você quer mesmo tem que tentar. Por que nenhum relacionamento é fácil.
Por que as mulheres se identificam tanto com seus textos?
As mulheres se identificam porque mulher é meio maluca. Uma hora quer uma coisa, outra hora tu não quer mais. A gente espera muito que a pessoa adivinhe o que a gente quer sem a gente falar. Isso complica muito os relacionamentos.
Como escrevo na primeira pessoa acho que gera uma identificação maior nas pessoas. Quando a gente fala ‘eu sou de uma forma, eu sinto assim’, a pessoa pode pensar ‘eu também sinto’.
O que você esperava de seus 30 anos? E como foi?
Quando eu tinha 15 ou 16 anos, achava que quando tivesse 30 ia estar casada, com filhos, bem sucedida. Não posso reclamar, mas super bem sucedida ainda não sou. Casei em maio e filhos, pretendo começar a tentar no ano que vem.
Mas eu tinha uma paranóia de que eu ia ficar velha e ia ser horrível. E foi muito tranquilo fazer 30.
Eu acho que a gente fica um pouco mais segura das coisas que não quer. Você pode até não saber direito o que quer, mas  já sabe o que não quer, as coisas que não são pra você, que você não tolera.
A mulher ainda tem muito medo de ficar sozinha em tempos em que se fala que somos independentes e tudo mais?
Eu acho que isso é meio história pra boi dormir, sabe? É óbvio que é importante ter um trabalho que você goste, estar bem com você mesma, claro que sim. Mas acho que a gente é muito mais feliz com alguém do que sozinho.
Ter alguém pra dividir a vida é muito melhor. É muito melhor viajar com alguém do que viajar sozinha. Ter uma pessoa do seu lado pra dividir alegria, tristeza, o dia.
*Marcela Caetano é  jornalista. Queria ser Carrie Bradshaw, mas está mais para Hannah Horvath, de Girls. E tudo bem! Ama cultura pop e acredita, apesar das provas em contrário, que ainda existe amor em SP. E no mundo também.
** Foto de Pedro Karg

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