Há horas em que as palavras calam
No sentido de não terem mais onde instalar-se
Como se não fosse mais preciso, fosse inútil, fosse nada
Elas se chocam, se extinguem na fala
Enquanto eu procuro meu sonho na última ala
As palavras esperam uma eternidade para sentirem-se caras
Na noite que leva o brilho das galas
Lá estão todas as letras que pinto na cara
Ou são pássaros de cores quentes
Que migram para ilhas cada vez mais raras?
Daniela Karg
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