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Artista visual, arteira desde sempre. Amo moda, fotografia, desenho, teatro, dança. E mais tantas outras coisas, mas...Acima de tudo, amo a liberdade de ser eu mesma!!!!!

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sábado, 27 de novembro de 2010

Abençoado baú de memórias!!!!

Estou revirando meus arquivos e encontrei os relatórios das aulas de desenho da figura humana, do ano passado. Muito bom reler aquilo que escrevi e notar que tanta coisa mudou na minha vida, para melhor!!!!
Quero dividir um pouco das minhas experiências na Universidade, especialmente estes, em que estava passando por um momento profissional decisivo. 
Agradeço a todos os meus colegas de aula, especialmente a Gabi, nossa modelo das últimas aulas, o Cristiano, um bailarino de dança contemporânea, que esteve presente em todas elas e a Professora Ana Lúcia, que assim como todos os professores (Renato, Jurema, Celso, Nico, Marilice e Stela) me fizeram crescer demais, obrigada!!!!

Relato de aula: dia 27/08/09

Não doeu falar do Van Gogh! Ainda bem que todos (penso eu) entenderam que quis falar especificamente dos desenhos que me incomodaram, não que sua obra desenhada seja toda igual...

Gostei muito da aula, da maneira como as coisas foram se encaixando, até chegar a hora de mostrar as lâminas. Realmente, depois do lanche, tudo fica mais claro na mente, talvez pelo fato da turma  estar mais solta...

Sobre a minha fala enquanto mostrava as imagens... O que tenho para dizer é que amo o trabalho do Gustav klimt, se aproxima  muito da maneira do Degas elaborar um desenho. Eles não viam as mesmas coisas, mas é como se sentissem da mesma forma o processo do desenho.

O desenho que escolhi do Van Gogh me pareceu uma gravura, de tão marcado no papel. As linhas duras despertam um sentimento em quem as vê, pode-se imaginar um sentimento vindo do artista, porém sem o desprendimento que o Degas tinha em relação ao traço.

Quanto ao que é perfeito para mim... Difícil explicar. Se fosse há alguns anos eu diria que um desenho perfeito seria a capacidade de copiar uma imagem ou uma composição de várias imagens numa só superfície...

Hoje, perfeito para mim é mais do que ver e sim a maneira como se faz o desenho. O sentimento que eu tenho ao fazer o desenho pode ser perfeito, independente do seu resultado. A maneira de fazê-lo interessa mais do que o seu final.

Quando entrei na ULBRA, o que me deixou feliz foi saber que é possível desenhar sem uso de borracha para corrigir. Percebi que a vida toda, independente do material que usava, a borracha era uma bengala. Soltar essa bengala me libertou muito e entendi o motivo por nunca pedirem borracha nas listas de materiais para desenho! Talvez eu tenha usado mais a borracha do que o lápis até entrar na ULBRA, pois eu mais apagava do que traçava no papel.

Posso dizer que perfeito é o sentimento que posso ter ao desenhar e, melhor ainda, os sentimentos que os desenhos despertam quando os vemos. As características de um desenho perfeito, na minha visão, são traços que expressem verdade (conversa sobre Degas, que ele leva o expectador ao local onde ele estava). Desenhos que me deixem feliz, talvez seja uma forma tosca de responder, mas é a síntese de tanta coisa que me passa pela mente quando vejo certos desenhos.

Perfeito não quer dizer hiper-realismo, fala de coisas mais profundas. Muitos desenhos super reais não dizem tanto quanto esboços, traços soltos a mal acabados, que “acabam” por me deixar em choque.

Uma coisa é pensar: “Nossa, como fulano é habilidoso”. Ótimo! Outra coisa é alguém te desconcertar, mesmo sem nunca ter te visto (muitas vezes morreu sem te ver), é como se o artista falasse conosco através da obra. Perfeição é sentimento.
Desenhar é como teatro. Não é todo o dia que queremos subir no palco, mas é preciso ser preparado para isso. É necessário aquecer os sentimentos.

Considerando os desenhos do Van Gogh e do klimt, com certeza, gostaria que meu desenho fosse o do Klimt, apesar de saber que meu traço também pode ser duro como o do VanGogh.

Entre os desenhos do Mark Ryden e os desenhos esteriotipados de flores, fico, sem dúvida com o trabalho do Mark Ryden, que lembrou o trabalho de uma artista que eu pensei em levar, porém, lembrei que era desenho da figura humana, pelo menos pensei que as obras teriam que, necessariamente serem feitas a partir de um modelo real, e não idealizado como a Sophia do Mark.

Sobre as lâminas de desenho técnico da figura humana e do desenho com poucos contornos (sem artistas identificados), eu prefiro o segundo desenho, porém, por pensar que não se trata de um desenho de observação, acabei ficando com a primeira opção. Parece que foi retirado de uma fotografia, e partes das manchas parecem estampas de outra imagem, uma montagem ótima, mas não para esse exercício. O desenho técnico lembra muito os exercícios de desenho de moda, ou projetos para animações.

Entre as imagens de Daumier Honoré, gostaria que o desenho The first swimming lesson fosse o meu, pois mostra leveza no traço do artista, vemos o grafite...
Das lâminas seguintes (artista desconhecido), sou contra todos os colegas, gostei daquele que é bem certinho. Sei que é marcado demais, o outro esboço dá mais espaço para interpretações, mas gostei do “certinho”, me prendeu os olhos... Gostaria que ele fosse meu! Vai entender...

Entre o Leonardo e a Teresa Poester, fico com os dois. Gosto do traço da Teresa, que ficaria interessante em desenho de superfícies como tecidos e mais legal seria com a mistura de desenhos como os do Leonardo.

Gostaria de fazer os desenhos dos dois, pois me interessam. O Leonardo fez estudos da figura humana que davam destaque para apenas uma parte do corpo, ele “esfumaçava” ao redor do desenho, parecendo ser o resultado final do trabalho, acho belíssimo.

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