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Artista visual, arteira desde sempre. Amo moda, fotografia, desenho, teatro, dança. E mais tantas outras coisas, mas...Acima de tudo, amo a liberdade de ser eu mesma!!!!!

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quarta-feira, 30 de maio de 2018

InesqueCida

Retomando esse cantinho com "coisas minhas, momentos meus".
Esse ano um grande amor se foi fisicamente (porém, sempre matéria). Maria Aparecida, a nossa Cida, penso que agora desfrute de sua missão cumprida conosco. E só nós sabemos o quanto fomos uma missão impossível!
Foram quase quinze anos de uma convivência única e inesquecível, uma gata que verdadeiramente viveu aventuras dignas de um livro.
Enquanto esse registro literário não vêm, fica a lembrança de seus momentos como modelo de observação.
Não sabemos a idade correta dela, já era grandinha quando bateu insistentemente na minha janela.
A própria vizinha da minha mãe confirmou há poucos meses, com a maior naturalidade, que ela havia sido de seu filho, que a maltratava com surras, por isso procurou refúgio em nossa casa.
Cidoca era um doce, incapaz de machucar alguém e apenas atacava outros animais, ou mesmo pessoas ignorantes em casos extremos, para se defender.
Sua chegada épica foi escrita em versos que posteriormente viraram ilustrações, a convite de uma grande pessoa, para contar esse causo a um grupo de pequenos alunos.
Lembro que tive pouco tempo para produzir as cenas em lâminas de retroprojetor. Até hoje me culpo em ter feito algo tão simples, uma tosqueira de esteriótipos.
O poema da Cida, assim como outros textos para o público infantil, estão arquivados eternamente por motivos diversos, que por hora não valem a pena recordar.
Nestes últimos anos Cida foi toda da mãe, como sua fiel companheira. Cuidaram uma da outra, recebendo atenção em suas horas de fraqueza, principalmente quando se machucava, no processo de perda dos dentinhos e momentos finais de dor.
Muito velhinha, já não conseguia se alimentar e movimentava-se com dificuldade.
Algumas imagens dos últimos momentos da Cidoca:






Poderia ter sido menos triste, mas nunca saberemos o que é realmente o melhor.
Fato é que assim como ela entrou em nossas vidas, foi embora de casa, pra dar seus últimos suspiros.
Sei que ela nunca sairá da nossa memória, ficarão suas histórias, manias e costumes. Seu amor incondicional.


Cida



Quando estava deprimida,
me sentindo sem saída,
ouvi no quarto uma batida.




A janela estremecia,
eu suava e tremia!
Naquela tarde, quem seria?




Mas eu não reconhecia,
não sabia se abriria,
se desmaiasse, não veria!

Então respirei fundo,
abri a janela e num segundo
o meu alivio foi profundo!




Uma gata birmanesa
de rara beleza,
me olhava com incerteza.
Eu corri admirada
para lhe oferecer comida,
ela estava assustada e parecia sem saída.





























































































































































































Seus olhos azuis perguntavam
se iria ser acolhida,
não tive outra escolha,
deixei entrar a atrevida!

Preparei leite e biscoito
para a gata com fadiga,
que parecia ter fugido
dos maus tratos dessa vida.




Ela não queria leite,
nem o biscoito comeu.
Se ela estava com medo,
com mais medo estava eu!




Meu irmão chegou da escola,
adorou os olhos seus!
Minha mãe caiu de amores,
grande festa aconteceu!




Não demorou muito tempo
e ela mostrou as garras,
roubou o galeto do forno
e correu por toda a casa!



Esperta essa nossa gata,
já era de estimação,
com cara de leoparda
e uma fome de leão!

E grande admiração
tivemos ao ver então,
que a gata de estimação,
estava com um barrigão!




E não foi uma vez não,
três ninhadas ela fez!
Tão fofinhos os gatinhos,
foram quatro em cada vez!


Na primeira foram malhados,
preto com branco em duas vezes.
Os outros dois, como a mãe,
eram gatos birmaneses!




A segunda e a terceira,
não foram como a primeira.
Eram todos diferentes
e brincavam com a gente!














































































































Saudade tenho dos gatos,
foram todos adotados,
por famílias caridosas
e hoje são muito amados!




E a nossa amiga Cida?
Come e dorme de montão,
está sempre acompanhada
pelo gato Macarrão!

Macarrão é mais um gato,
também é de estimação,
mas a história desse amigo,
conto em outra ocasião!



Daniela Karg



Cidoca querida, escrevo em nome da minha família e só temos a te agradecer por tudo.
Nos vemos por aí!

Abraços, até o próximo post.


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