Imagem da Virgem de Guadalupe, que tanto dominou meu imaginário e me serviu de base para o trabalho que mostro a seguir, com as etapas de confecção.
Depois de uma conversa sobre decoração natalina e o verdadeiro espírito de Natal com minha querida Mari, repensei minhas correrias e resolvi fazer o meu Natal, de coração! Simbolizando a minha árvore, escolhi fazer essa imagem, para representar algo que faz sentido e inspira meus caminhos. Uma bela e verdadeira história de amor, mistério e fé. Sei que me estenderia por horas se fosse contar tudo ao meu modo, então deixo aqui um pouco dos relatos que aos meus oito anos de idade, me foram contados como uma revelação mágica de arte, através de freiras que surgiram em excursão na minha escola primária. Uma imagem que não foi pintada por nada nem ninguém, com tintas desconhecidas, com temperatura corporal e batimentos cardíacos de um feto, com registros de expectadores em seus olhos que dilatam-se como a visão humana. Coberta por estrelas que como ela, flutuam sob a tosca e indestrutível trama do manto de um índio. Poesia pura e realidade que só me faz crer ainda mais nas histórias e a força que elas carregam, iluminando todo o ceticismo de pessoas que preferem chamar o que consideram mentira, de mitologia... Acabei escrevendo mais do que queria, não consigo segurar! Mas aqui há alguns dos inúmeros links que encontrei sobre a história, que rende documentários e uma legião de devotos desse inexplicável acontecimento em forma de Arte!
Minha santa base de trabalho, uma embalagem de Omo super concentrado!
Depois de escolhidos os materiais, parti para meu desenho, inspirado na imagem do manto mexicano.
Detalhe da estampa de rosas.
Adorei o manto, que originalmente é verde-azulado. O meu foi todo em tons de verde, com muitas misturas de aguadas.
Amostra de testes de cores.
Bordado de estrelas com o mesmo posicionamento das mais brilhantes entre as constelações que formam seu manto, o céu das Américas!
Final de ano chegando e sempre aquele sentimento de retrospectiva toma conta. Foi um ano mais feliz do que sofrido. E até mesmo o sofrimento, que me levou a escolhas drásticas e necessárias, me fez crescer.
Acredito que o "tema", se é que assim posso chamar de aprendizado nesse ano, foi sobre universos. Por anos fiquei orbitando a vida de pessoas que no fundo, apenas orbitavam a minha vida, e nem chegavam a percorrer um caminho, apenas passavam como cometas, extinguindo suas lembranças e todas as crenças que por elas tinha. Pessoas que vivem em redes sociais, mas não se socializam verdadeiramente. Pessoas que por anos poderiam ter minha presença, mas optam por prender-se a convenções sociais e de redes sociais. Whatsapp não substitui telefone, e-mail, mensagem inbox e amizades verdadeiras. As que permanecem na minha vida nunca precisaram disso pra ser mais que presentes! Covardias que poderiam ter boas doses de verdade e honestidade. Sim, eram roupas sujas que acredito não precisar mais lavar. Uma coisa é certa. Posso parecer ingênua, parecer não saber quando uma mentira esfarrapada (pra não dizer que me viu no shopping ou simplesmente não querer mais manter contato, ou não querer me pagar por um trabalho) e milhões de pequenas pequenezas que só vão se transformando em dunas de areia no tempo, que é muito maior que todos nós... Lamento informar, sem a menor obrigação de avisar. Não sou inocente, nem louca e muito menos cega.
Limpar meu coração da dor talvez seja a maior e mais árdua faxina que faço diariamente, muito mais do que uma simples limpeza virtual. O que acontece quando as coisas e as pessoas não são como imaginávamos, não agem como queríamos, não se importam... Está bem longe de acontecer alegoricamente como num poema. Deixo aqui, uma lembrança de leitura de uma poesia que minha mãe aprendeu na escola e tanto recitou pra mim. Deus Negro.
Que o ano de 2015 seja verdadeiramente feito de alegrias e pessoas reais, com esforços e conquistas simples, de milagres diários e belos.
Hoje e sempre!
Abraços, até o próximo post!
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