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Artista visual, arteira desde sempre. Amo moda, fotografia, desenho, teatro, dança. E mais tantas outras coisas, mas...Acima de tudo, amo a liberdade de ser eu mesma!!!!!

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Três maneiras de escrever para crianças

Hoje tirei um tempinho para um dos muitos assuntos que quero aqui compartilhar.
E esse em especial, me tirou o sono e a fala em algumas ocasiões, recentemente.
Já não é de hoje que encaro comentários leves, mas carregados de opiniões sinceras sobre meu trabalho. Frases como: "Teu trabalho é o melhor do mundo, pode brincar de boneca!"; ou "Adoro teus videozinhos!";ou ainda: "Ai, criança!" (sobre gostar de animações).
Em uma conversa sobre aptidões das crianças para a música, soube a opinião de uma profissional dessa área, através de uma terceira pessoa. Pensei muito e lamentei não poder dar a minha opinião pessoalmente a alguém que poderia ganhar e muito, ao rever seus valores. Para essa profissional em questão, não é uma "vantagem" uma criança de quase quatro anos ter aulas de música. Segundo ela, uma criança não alfabetizada só iria brincar ao invés de aprender teoria de piano. Um tempo perdido, resumidamente.
Fiquei muda e pensativa, desacreditando que ainda existam ideias tão retrógradas sobre aprendizagem da arte, em geral. Imagino todos os gênios da música que conhecemos e aqueles que o grande público desconhece, mas estão aqui, entre nós. Pessoas que nunca tiveram aulas teóricas, com leituras ou partituras, mas que fazem a diferença na construção do seu pensamento musical.
E o que dizer das tribos e comunidades distantes das grandes cidades, que ainda mantêm o seu conhecimento musical passado de pais para filhos, apenas através da observação e prática, um aprendizado genuinamente despido de regras literárias ou numéricas?
Algo que acrescentou nesse meu "desconforto", foi analisar e perceber, que algumas pessoas que sempre me incentivaram a seguir o caminho dos musicais, explorando o mundo dos contos de fadas e fantasia...não acreditam nessa fórmula, não encarando o "faz de conta" como uma importante ferramenta de auto conhecimento e crescimento pessoal (para crianças e adultos).
Preferem a imagem de perfeição "real", criada por divas da música, como Beyonce, ou Lana Del Rey. Uma, que lança moda de espremer-se em roupas extremamente apertadas e fazer imagens recheadas de edição para manter sua imagem intacta, recorrendo até à polícia para retirar registros de sua performance em movimento da Internet, após um show. A outra, mais um talento, que se recriou através de cirurgias plásticas, incapaz de expressar-se em público, mas perfeitamente competente para gravar cenas tórridas e sensuais em seus videoclipes.
Já fui comparada a uma entidade (risos), por não fumar, beber ou errar mais do que a maioria dos pobres mortais. Já me disseram que minhas unhas eram falsas, assim como a cor das minhas "lentes de contato", meus cílios, as luzes dos meus fios de cabelo e a mais incrível afirmação de todas, que tenho preenchimento de colágeno ou seja lá o que for nos lábios e nas maçãs do rosto. Sim, é rindo que não se chora kkkk!
Com todo esse pacote de informações, é fácil entender os motivos que me levam para as fadas, os duendes, as bonecas...as coisas de criança, sem veracidade e importância, sem seriedade.
Engavetada nesse patamar de quem parece não sofrer, não pensar e apenas cantar vivendo de sonhos, uma coisa é certa. Eu realmente me volto para o trabalho de quem consegue vender mais álbuns que uma mulher "real", que ficará sempre jovem e bela, com sua mensagem perene de liberdade. Refiro-me à Elsa, rainha da Neve com seu Let it Go, criada por uma equipe de profissionais que pensaram exatamente nisso enquanto a criavam, no que ela representa. Sem tirar a roupa, apenas com o bom uso da voz, um filme infantil é capaz de levantar platéias do mundo inteiro.

Enquanto isso, a nossa Beyonce ficou satisfeita em conseguir provar que era capaz de emagrecer após a maternidade, a tempo de gravar um álbum relâmpago e sigiloso, para mostrar sua boa forma! Parabéns, essa é uma das tantas representantes do chamado poder feminino, e vou parando por aqui no quesito feminismo, que já me deixa louca com tantas barraqueiras cantoras que levantam bandeiras que poucos entendem.

Não se preocupem, as cantoras exemplificadas aqui são apenas para ilustrar o quadro da dor que se encontra a linha de pensamento vigente, poderiam ser muitas outras, até por que, só eu sei o quanto gosto de dançar com a Beyoncé e que ainda não virei freira (o que não seria uma má ideia) \o/


Então, como cereja do meu bolo de desabafos, fica uma leitura prazerosa e que vem de encontro com minhas teorias. Meu raciocínio ainda não me permite andar com escritos como esse embaixo do braço, como resposta a tantos modismos, preconceitos, desafios das redes sociais e ideais desse "admirável gado novo"!
Como não o encontrei da forma que gostaria na web, fotografei as páginas do escrito de C. S. Lewis.
O foco da minha câmera está péssimo, mas aproximei os parágrafos para melhorar a visualização. Penso que o texto também poderia ser intitulado "Três maneiras de escrever para pessoas"!






















Abraços, até o próximo post!

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