Há tempos não desenho minhas visões de sonhos e dupla vista, mesmo anotando as surrealidades que me visitam, sei que perco muito em não registrá-los no papel, em forma de ilustrações.
Mas como amanheci com essa poesia presa na garganta, tive que parar um tempinho para pintar o que não é nem um terço da visão total que tive.
No meu sonho, assisti com minha família o nascer do sol, visto do mar. Mas o meu sol era um poente, um enorme pôr do sol, "ao contrário", pois ele nascia.
Estávamos todos com câmeras fotográficas esperando pelo nascimento daquela gigantesca bola de fogo, que subia por detrás dos morros...e ao final desse espetáculo, o que nascia, era um balão! Um balão que carregava duas pessoas, uma silhueta feminina e outra masculina.
Me esforcei para simplificar ao máximo esse momento em desenho, para não atrasar meus trabalhos e ter viva a lembrança de uma poesia tão rica que me deixou sem palavras.
E as únicas palavras que me vinham à mente, eram as estrofes da música "Super Fantástico", do grupo balão mágico, cantada com a participação de Djavan:
"Super fantástico amigo
Que bom estar contigo no nosso balão
Vamos voar novamente
Cantar alegremente mais uma canção
Tantas crianças já sabem
Que todas elas cabem no nosso balão
Até quem tem mais idade
Mas tem felicidade no seu coração
Sou feliz, por isso estou aqui
Também quero viajar nesse balão
Super fantástico no balão mágico
O mundo fica bem mais divertido
Super fantasticamente as músicas são asas da imaginação
É como a flor e a semente, cantar que faz a gente viver a emoção
Vamos fazer a cidade virar felicidade com a nossa canção
Vamos fazer essa gente voar alegremente no nosso balão"
São palavras que ecoaram da infância e que, ainda hoje simbolizam o alçar dos vôos que a arte pode proporcionar. Obrigado vida, por me dar a chance de ver imagens, mesmo aquelas que aparentemente estão fora do âmbito da matéria.
Abraços, até o próximo post!
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