Particularmente, lamento o cansaço que em certo momento toma conta do público, mas que faz parte do próprio espetáculo, com os atores já cansados em sua árdua tarefa de fazer Cinema e Arte! Se não fosse pelo longo tempo de apresentação, tenho certeza absoluta, que uma parceria com o público infanto juvenil seria maravilhoso, para despertar sonhos e projetos da gurizada!
Algumas imagens que registrei!
Imagens de divulgação da imprensa.
Juliana Carneiro da Cunha, atriz brasileira, que integra a trupe e rouba cenas com sua belíssima atuação!
Se alguém decidir visitar esta semana a Cartoucherie, a célebre sede do Théâtre du Soleil no subúrbio de Paris, vai encontrar um grande vazio. É que parte significativa da estrutura está temporariamente instalada no Parque Esportivo Eduardo Gomes, em Canoas, onde a companhia francesa, uma das mais importantes do mundo, apresenta o espetáculo Os Náufragos da Louca Esperança (Auroras) de terça a domingo, às 20h.
O grupo desembarca pela segunda vez no Estado, em uma realização da prefeitura de Canoas em parceria com o 18º Porto Alegre Em Cena, marcando o encerramento do festival, que ocorreu em setembro. Em 2007, Les Éphémères (espetáculo com seis horas e meia de duração e um intervalo de uma hora) passou pela Capital, em uma estrutura semelhante montada no bairro Humaitá, também na programação do Em Cena.
Criado em 1964, o Théâtre du Soleil e sua diretora, Ariane Mnouchkine, foram responsáveis por renovar a linguagem teatral em um momento de transformações nos palcos do mundo, explorando novas formas de se relacionar com o espaço cênico e com o público. Nada desta mágica se perdeu.
Estreado em fevereiro de 2010, em Paris, Os Náufragos da Louca Esperança (Auroras) se passa em 1914, antes da Primeira Guerra Mundial, quando frequentadores de um cabaré decidem fazer um filme (mudo, é claro) inspirado em um romance póstumo de Júlio Verne. Uma embarcação vai parar na Patagônia, onde os náufragos decidem criar uma comunidade baseada em princípios de igualdade. O que não deixa de ser um reflexo do próprio Théâtre du Soleil, em que todos (inclusive a diretora) dividem tarefas e recebem o mesmo salário.
– Toda trupe trabalha desta forma. Se não, não é uma trupe. Me deixa triste pensar que somos tão especiais. Preferiria que existissem mais trupes assim – disse Mnouchkine à imprensa em Porto Alegre, na sexta-feira, ao lado da atriz brasileira Juliana Carneiro da Cunha, há 21 anos na companhia.
Sobre o poder do teatro, a diretora afirmou:
— O teatro não é global. Há uma relação quase mágica entre os atores e cada pessoa do público. Se algumas destas pessoas recebem o alimento da alma, da imaginação, então sim, isso muda o mundo.
As 3h45min de espetáculo (com intervalo de 15 minutos) terão narração e legendas em português. A música é de Jean-Jacques Lemêtre... e o público poderá circular pelos camarins — são 45 atores de uma equipe com 70 pessoas de 30 nacionalidades.
Abraços, até o próximo post "tourner la manivelle"!
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